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Da ideia à execução: o verdadeiro valor de um MVP para startups

23 de janeiro de 2025

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Quando falamos em MVP (Minimum Viable Product), a primeira imagem que vem à mente de muitos empreendedores é algo pequeno, rápido e “viável”. No entanto, essa abordagem pode ser um grande equívoco, especialmente se o objetivo principal da sua startup for gerar receita e construir uma solução escalável desde o início. Aqui, redefinimos o conceito de MVP como o Máximo Valor/Esforço Possível, uma estratégia que prioriza o impacto real e a sustentabilidade no mercado.

1. Repensando o MVP: mais do que apenas viável

Por que criar algo pequeno quando o mercado exige algo robusto e valioso? Um MVP não deve ser apenas o ponto de partida, mas um produto que entrega máximo valor e gera receita desde o início.

             •         Tempo e planejamento: Um bom MVP não é construído em semanas. Ele deve ser pensado com profundidade em arquitetura, modelagem e estrutura, permitindo a escalabilidade e evitando retrabalhos futuros.

             •         Ciclo ideal: Nossos MVPs são planejados para ciclos de 6 a 8 meses, com validação constante ao longo do desenvolvimento.

             Pense nisso: A Kodak inventou o filme digital, mas engavetou a ideia por medo de canibalizar seu próprio mercado. E se tivesse lançado essa inovação em vez de ignorá-la? Talvez, hoje, a Kodak fosse o que a Apple é para a tecnologia fotográfica.

2. Foco no mercado, validação constante

Um erro comum entre startups é assumir que já sabem quem será o público-alvo ideal. Mas, será que você está testando o mercado de forma ampla o suficiente?

             •         Exemplo do WhatsApp e Pix: Enquanto o WhatsApp apostou na implementação de pagamentos diretos, o impacto não foi semelhante ao do Pix, ainda que ambos sejam instantâneos. O motivo? O Pix focou na simplicidade, já o WhatsApp buscou replicar algo como o WeChat da China, mas em um mercado menos preparado para isso.

             •         Validação como segurança: A validação deve ser constante, mas sem desviar o foco principal. Testar funcionalidades ou públicos alternativos pode revelar oportunidades escondidas.

             Pergunte-se: Será que minha solução está resolvendo o problema certo ou estou insistindo em algo que só faz sentido na minha cabeça?

3. O Impacto do MVP no modelo de negócio

Um MVP bem planejado vai além de provar a viabilidade de uma ideia, deve gerar receita para financiar o próximo estágio da startup.

             •         Escalabilidade embutida: Seu MVP precisa ser construído para crescer sem que a estrutura desmorone. Pense em soluções tecnológicas que permitam adicionar funcionalidades e atender a novos públicos sem precisar reconstruir a base.

             •         Sanidade da equipe: Quando o planejamento é robusto, sua equipe trabalha de forma mais coesa, reduzindo crises e garantindo entregas mais consistentes.

             Dado interessante: startups que conseguem validar um fluxo de receita consistente no MVP têm 70% mais chances de atrair investidores em rodadas subsequentes.

4. Exemplos de MVPs bem-sucedidos

             •         Nubank: Não começou como um banco completo. Lançou um cartão de crédito sem tarifas, validando a aceitação de uma experiência mais simples e direta.

             •         Airbnb: No início, os fundadores validaram a ideia alugando colchões infláveis em sua própria sala, provando que havia demanda antes de construir uma plataforma completa.

             •         Gympass: Testou a ideia de academias flexíveis em mercados pequenos antes de escalar globalmente, ajustando constantemente o modelo com base no feedback dos usuários.

             Questione sempre: Será que meu MVP está gerando aprendizado suficiente para me levar ao próximo nível?

5. Por que tempo e valor importam?

Muitos gurus dizem que o MVP deve ser rápido, mas aqui está o problema: rapidez sem valor é desperdício de tempo. Se o mercado não vê o impacto, sua startup já começa com uma grande desvantagem.

             •         Custo da pressa: Lançar algo pequeno e inviável pode queimar a confiança dos clientes e dificultar futuras oportunidades.

             •         Planejamento detalhado: É melhor gastar mais tempo na concepção e entregar algo que realmente resolva problemas e gere valor.            

Você prefere ser lembrado por uma solução meia-boca, que ninguém usa, ou por algo que mudou a vida de quem a adotou?

Conclusão: crie um MVP para liderar, não para sobreviver.

Construir um MVP não é apenas sobre lançar algo no mercado rapidamente. É sobre desenvolver uma solução que gere receita, aprendizado e escalabilidade desde o início. Pense grande, planeje com cuidado e valide constantemente, mas nunca perca o foco no que realmente importa: entregar valor e resolver problemas reais.

Autor: Redator Corelab